Tipos de Própolis e seus benefícios





A própolis (ou “o” própolis) é uma substância muito poderosa e que oferece diversos benefícios para a saúde. No Brasil, alguns tipos de própolis já foram caracterizados e classificados pela coloração, como a própolis verde, vermelha e marrom.


Mas você sabe qual própolis é melhor e quais as suas diferenças?
A mais comum é a própolis verde. Há também a própolis de copaíba, que apresenta uma coloração marrom escura. Por volta de 2005 foi descoberta, no litoral da Paraíba, a própolis vermelha, originada do marmeleiro da praia e considerada a mais forte de todas. Dentre os produtos apícolas tais como mel, geleia real e pólen, a própolis vem se destacando por suas propriedades terapêuticas, como as atividades antimicrobiana, antibacteriana, anti-inflamatória, antioxidante, antiviral etc.Além disso, as indústrias farmacêuticas e alimentícias já vêm utilizando-a na forma de alimentos funcionais. Atualmente existem diversos tipos de produtos contendo própolis comercializados em todo o mundo, tais como balas, chocolates, doces, xampus, cremes para pele, soluções antissépticas, pastas de dente, entre outros.



O que é a própolis?
A própolis é uma mistura de substâncias coletada pelas abelhas de diversas partes das plantas, como brotos, botões de flores, cascas e exsudatos de árvores, com suas secreções salivares, cera e pólen.Seu nome provém do Grego, no qual pro significa “em defesa de” e polis significa “cidade”, ou seja, em defesa da colmeia.

Possui consistência viscosa e é produzida pelas abelhas com o intuito de reparar frestas e danos à colmeia, defendendo a mesma contra insetos e microrganismos. Também funciona como material asséptico para postura de ovos pela abelha rainha e como isolante térmico, protegendo a si próprias e as suas crias contra o frio.

Serve ainda para embalsamar e mumificar inimigos invasores que foram abatidos no interior da colmeia, evitando que apodreçam e contaminem o ninho.
Composição e propriedades da PRÓPOLIS
A composição química da própolis, suas propriedades e sua qualidade podem apresentar diferenças significativas. Elas dependem fortemente da estação do ano, das condições geográficas e da origem botânica das plantas de onde as abelhas realizam a coleta do material, bem como a espécie da abelha.
Dessa maneira, a própolis pode apresentar diversos aspectos e variações em sua textura, cheiro e coloração, sendo essas características atribuídas à sua composição.
Em geral, a própolis é composta por 50% de resinas e bálsamos vegetais, 30% de cera de abelha, 10% de óleos essenciais e aromáticos, 5% de grão de pólen e 5% de outras substâncias variadas, incluindo detritos de madeira e terra e resíduos orgânicos.
Além disso, possui microelementos como vitaminas (A, B1, B2, B6, C e E) e minerais (alumínio, antimônio, cálcio, césio, cobre, ferro, lítio, manganês, mercúrio, níquel, prata, potássio, sódio, vanádio e zinco).
Entretanto, os principais grupos químicos encontrados na própolis são os flavonoides, compostos presentes em diversos alimentos de origem vegetal. Eles possuem função antioxidante, anti-inflamatória e podem prevenir diversas doenças.

Tipos de Própolis

No Brasil existe uma grande amplitude de tipos de própolis no país, que atualmente é o terceiro produtor mundial.

Algumas própolis são fibrosas e firmes, enquanto outras são gomosas e maleáveis, possuindo composições químicas distintas. Sua coloração pode variar do amarelo claro, marrom esverdeado ao negro, dependendo da vegetação de origem e dos fatores botânicos e ambientais do local de produção.

Qualidades e benefícios do própolis para a saúde


Própolis VERDE
                                          
própolis verde é produzida a partir da resina do alecrim do campo (Baccharis dracunculifolia), uma planta nativa do cerrado brasileiro. É o tipo de própolis mais popular e mais estudado, encontrado na região sudeste do Brasil.
Seu principal componente é o Artepillin C, um flavonoide de alto poder antioxidante que tem uma habilidade muito grande de eliminar os radicais livres e fortalecer o sistema imunológico.
Estudos têm mostrado que ela pode auxiliar no combate, prevenção e tratamento de diversos tipos de doenças, impedindo o desenvolvimento de tumores (efeito antitumoral), protegendo os neurônios contra danos (propriedade neuroprotetora), preservando as funções do fígado (atividade hepatoprotetora) e efeito terapêutico em candidíase oral.
Além disso, a própolis verde é eficiente para inibir o crescimento de bactérias, fungos, vírus e ainda aumentar as defesas do nosso organismo, proteger a pele, entre muitos outros benefícios.



Própolis VERMELHA
A própolis vermelha é originária da espécie vegetal Dalbergia ecastophyllum, mais conhecida como rabo-de-bugio. Esta planta é proveniente do nordeste do Brasil (região do mangue). Sendo assim, a própolis vermelha pode ser encontrada sobretudo nas áreas litorâneas do norte e nordeste.
É considerada o tipo de própolis mais forte e apresenta propriedades medicinais em razão de seus diversos compostos bioativos. Alguns deles nunca foram vistos em outras própolis. Nele foram encontrados sete elementos diferentes, sendo que quatro deles eram as isoflavonas.
Possui grande atividade antioxidante, antibacteriana e antimicrobiana, além de ter componentes que protegem o fígado e que têm a capacidade de destruir células tumorais.
A própolis vermelha foi primeiramente encontrada em colmeias de abelhas Apis mellifera africanizada, situadas dentro de manguezais do nordeste brasileiro. Foi verificado uma substância resinosa saindo do caule da planta Dalbergia ecastophyllum. As abelhas coletavam essa resina através da mastigação e deposição da resina nas patas posteriores, levando-a para a colmeia. A resina retirada da Dalbergia ecastophyllum foi encontrada posteriormente nas colmeias na forma de própolis misturada com cera e pólen.
Própolis MARROM
própolis marrom é a mais comum, conhecida como a própolis tradicional. É classificada como mista, já que as resinas utilizadas pelas abelhas são obtidas a partir de uma ou mais espécies vegetais, não apresentando nenhuma característica botânica predominante.
É encontrada em todo o território brasileiro, em especial nas regiões Sul e Sudeste. Esse tipo de própolis é rico em compostos fenólicos e flavonoides, e pode apresentar características que se assemelham à própolis verde encontrada nessas regiões.
Sua coloração pode variar entre o marrom claro e o preto, dependendo de sua origem. A própolis de copaíba (Copaifera langsdorffii) por exemplo, apresenta uma coloração marrom escura, quase negra.


Como utilizar o extrato de PRÓPOLIS?
O extrato de própolis é indicado para aliviar dores e inflamações na garganta, pois funciona como um anti-inflamatório natural. É utilizado em gotas, sendo recomendado a ingestão de 15 a 30 gotas do produto, 3 vezes ao dia.
A própolis tem um potencial alergênico dependendo de sua origem botânica e composição química. A ocorrência de efeitos colaterais da própolis podem ser provenientes de alergias e sensibilidade ao composto. Podem ocorrer reações alérgicas e irritações teciduais localizadas, decorrentes do contato com o mesmo.
Embora estas manifestações alérgicas à própolis sejam bem conhecidas, a potencialidade alérgica à própolis é mais uma questão de sensibilidade individual do que uma propriedade intrínseca da mesma.

Referências:
  1. BASTOS, I.B.N. Própolis: revisão bibliográfica. 2010. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-952NM6/monografia_isabella_bastos.pdf?sequence=1
  2. PINTO, L.M.A; DO PRADO, N.R.T; DE CARVALHO, L.B. PROPRIEDADES, USOS E APLICAÇÕES DA PRÓPOLIS. Revista Eletrônica de farmácia, v. 8, n. 3, p. 25, 2011. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/REF/article/view/15805/9701
  3. NASCIMENTO, E.A et al. Um marcador químico de fácil detecção para a própolis de Alecrim-do-Campo (Baccharis dracunculifolia). Rev. bras. farmacogn., v. 18, n. 3, p. 379-86, 2008.Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbfar/v18n3/a12v18n3
  4. DAUGSCH, Andreas et al. A própolis vermelha do nordeste do Brasil e suas características químicas e biológicas. 2007. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/255849/1/Daugsch_Andreas_D.pdf
  5. DA LUZ, C.F.P. Própolis marrom da vertente atlântica do Estado do Rio de Janeiro, Brasil: uma avaliação palinológica. Revista Brasil. Bot, v. 33, n. 2, p. 343-354, 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Cynthia_Luz/publication/262757282_Brownish_propolis_from_the_Atlantic_coastal_areas_in_the_state_of_Rio_de_Janeiro_Brazil_A_palynological_approach/links/0f31753a2fba9adebf000000.pdf
  6. IMA. PORTARIA Nº 1138, DE 13 DE MAIO DE 2011. Institui denominação de origem no Estado de Minas Gerais no âmbito da produção de própolis verde. 2011. Disponível em: http://www.ima.mg.gov.br/portarias/doc_details/948-portaria-no-1138-de-13-de-maio-de-2011

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